sábado, 29 de dezembro de 2012

Modernos em tempos de revolta.

Uma Panela
Um ácido
Tempos Modernos
Uma palavra por tema
É minha teima de contra-ação

A saia, aquele cabelo
- Pega uma água aí Rafael, enquanto escrevo!


É a modéstia e a barba crescer
Pouco expressar, pouco atingir
Assim é melhor.

Quebra de volta
Fonema de quebra
Meio a inteiro sai mais justo que meio a meio ou,
Maio a Junho.

É gente, é verbo de ligação pra cacete.
Desafinar tudo que tudo é porreta!
Tempos Modernos, vá não volte.
Solta que a raiva vem envolta.

-Xinga, menino! Xinga esses meninos!
 Xinga essa geração
 Dá na cara
 Dá em Sebastião
 Põe a culpa que a culpa é nossa
 Dá uma ré e volta, revolta!

Eu quero a revolta
Que os tempos antigos vem me dando
Dando no couro é dando no anus

Então dilacera
Destrói
Que não há mais tempo
Pra X e Y
Nem pra Rio, Amarelos, e cowboys

Estes, que fogem a semântica
Que apelam o significante
Que determina muitos
Que individualiza insultos

Merecem os meus sustos
Merecem o nossos vultos
Pois pena que o plástico,
Demora muito minuto... de se decompor

Tempos de plástico
Gente de plástico
Coisas de plástico,
O Domingo é Fantástico

não?

Perdão a métrica mal lida
Despeço a palavra polida
Legível ao torto de ida
Não volta revolta ,que isso tudo... és partida.


Matheus Carmo








sábado, 22 de dezembro de 2012

Poema a 4 mãos.

Sentar na bunda da Quarta conjugar
Sentar num grito de alívio
                                  uníssono.

Depois do almoço e do inverno,
                                   o sono.
Com a bunda da Quarta a descansar.

Eis que um corte de caco ou um caco de lombo
Um tombo de início ou princípio de um tombo

Quem bufa é feliz
Quem não bufa tem medo
Quem bufa pede bis
Quem não bufa tampa o nariz
                                    com o dedo.

Matheus Carmo e Pedro Sena

domingo, 9 de dezembro de 2012

Coisas das Cousas.

Jaz que não posso e não consigo ficar há muito tempo longe do horizonte sem cutuca-lo
Coisas sem literatura também fuçam com a mesma, mesmo sem a conhecer.
U'mora ficarei mais vaidoso nos meus versos
Trarei para as palavras o pigarro dos boêmios
e a destreza poética em alguns versos

Inda que falar sobre o futuro seja só uma maneira de embelezar nossa pertença
Vê gente a se envolver
Vê gente a se mirar
Vê gente a se enganar
Vê gente a se enpapecer
Nesse malte de viver solenemente a procura do seu bem estar

O que dizer do que nós queremos e precisamos?

O mar ainda está lá
No mesmo lugar
Pra nos sugar
Fazendo chuá
E roncando à provocar

Ainda penso que na barriga do mar lê-se: vida

Amigos que só leiam meus versos
Quando tudo não for sorrir
Ventura de apaziguar a palavra à forma
É estar entre o equilíbrio e o distrair

Minha coleção estende-se mais
Ao observar de ressaca, como um pintor
As palavras e os jeitos dessa cidade
Verbalizar Salvador

Porque de cansaço estou satisfeito
Por quanto que louvores as borboletas os defeitos
Estejam-me a agraciar.

Penso no professor lá das origens escolares que empunhou a vida numa alegria de balde triste
Vive a reclamar, felizmente.

Até de flores minha Dulcineia ensina-me a enchierar.

Me chamo Matheus Daniel Rosa do Carmo
Nasci pelo cu da poesia
E fraturei um verso em gargalo

Linda mente a escrita pública
Deixo tudo isso envelhecer e criar barbas
Sem perder a mente que não mente às claras
O ar contente do caminho que afagas

E de seguir reto ao torto
Penso em voltar ao porto
Onde o sol tem outra simetria
A morte, fica até mais fria

Fumaça, 'barrunfo', calor, e páginas amareladas
Desses livros a não servir mais pra nada
Me encontro de uma entulhada
Atarefadas  e apressadas
Dormentes e acorrentadas
Suores e coordenadas
Cor de nada e esbagaçadas
Ao faquir da dor e da estrada
Um poeta que se entrega
As palavras e a um sorvete de goiaba
Como que de sorte aponte uma iluminada
De anseios e velejadas
Que palavras que terminam com 'nada' ou 'ada'
São assadas e me emprenham de emprenhadas
É lindo dizer: minha namorada
E no amor nada sua jornada
Pelo apreço dessas terminações desalojadas
Joguei no colírio a pomada
Relincha as inchadas
De tudo,
Ou de
Nada.

Matheus Carmo

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O Astronauta (Vinícius de Moraes e Baden Powell): O fragmento romantista do Carmo

- Backsound: https://soundcloud.com/matheus-carmo/o-astronauta-matheus-carmo-ver
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Este vem a ser um texto literário, de aspecto ensaísta e conto que irá desenvolver-se por intermédio da tradução intersemiótica, a qual utiliza-se da obra O Astronauta, juntamente ao caráter mimético, para realizar e refletir um fragmento romantista, sendo então a passagem:
Obra  Ensaio/ Canção  Conto


                                "[...] O astronauta ao menos
                                  viu que a terra é toda azul amor
                                  isso é bom saber
                                  porque é bom morar no azul do amor..."
                                   (O Astronauta - Letra:Vinícius de Moraes - Melodia: Baden Powell)

.Ensaio Literário
. Signos chaves: Astronauta, Terra, Lua, Azul do Amor

O Astronauta, aquele que vive em terra firme, e por vezes viaja em seu foguete em anti entramento de órbita, amargurava-se da Terra, mesmo sem ainda ter o conhecimento pragmático, a qual devias ter pra ordenar os elementos poéticos, ao modo que a vida seja ordenada pelos significantes; e de tanta insatisfação, resolveu passar as férias na Lua, objectivando  simplesmente analisar o planeta Terra a partir de uma visão homogênea.

No dia em que o pequeno Astronauta chegou na Lua pela primeira vez, ignorou o espaço lunático em que habitava por completo, e logo agoniado, ainda que enormemente triste, correu direto pra pontinha da Lua, pra dali, poder assentar-se e ficar analisando como é, agora, a Terra. De lá de cima, ele olhava lá pra baixo, lonjura no olhar. Dentre alguns meros minutos, um gesto estranho, desconhecido, nesse caso, um gesto fora do normal comparando o mesmo com o tamanho da sua tristeza que encarnava em seu ser. Um sorriso puro e profundo nascia, dilacerante, contagiador, e irradiante, brotava em sua face. Foi assustador, ele não conseguia parar de olhar pra Terra e sorrir por um só instante, e assim, sorridente, e encantado, olhando  fixamente pra Terra, ficou, por noites e mais noites e mais noites.

Sorrindo e sentado na pontinha da Lua, tudo isso se acontecia porque ele havia descoberto que a Terra era Azul, e que não tinha porque ficar triste e se amargurando com a Terra, isso seria um desproveito. Agora que ele sabe que ela é Azul, e é real, a vida é lá.
Apaixonado e encantado pela descoberta, arrumou suas coisas urgentemente, ligou depressa o foguete, e partiu em retirada, direto pra Terra, na verdade, pro Azul da Terra, lá é o lugar onde vida há, e de fato, o Astronauta nasceu na Terra, é de lá que ele pertence, tornou-se necessário viver a vida real, pois além de tudo, ele é um ser vivo também. Paixão, sentimento, e amor, foi assim. Necessitou resolver a vida, antes cedo do que tarde, e então, ao encontro ao Azul da Terra, foi diretamente ao encontro do Azul do Amor, que por sua vez, também estava quase de partida.

O Astronauta e o Azul do Amor se encontraram, se juntaram e se somaram:
- A Terra me amargurava, isso aqui não fazia sentido pra mim, eu era triste que só, precisei fazer um viajem a Lua, e assim, de lá, ver a terra como realmente ela é, eu vi que a terra é toda azul, e isso é bom saber porque agora eu sei que também é bom morar no azul do amor. (Disse o Astronauta, desabafando, explicando, e mostrando, para o Azul do Amor)

Viver a vida na Terra, e  achar que tudo aqui faz bem, achar que a vida real pode ser vivida sem dores amenos, foi o maior engano que o Astronauta poderia imaginar, e ou, cometer.No mais, por sempre ter sentido as dores e as angústias aqui da Terra, o que se tornava costumável, já conseguia levar o ar para além do possível. Bater e apanhar quando for preciso.

O fragmento que este ensaio preocupa-se em retratar, é justamente d'uma dessas batidas e apanhadas em que fez o Azul do Amor e o Astronauta machucarem-se.

- brung brung brung Ossos do ofícios brung brung brung (Disse a Terra, depois de ter deixado o universo ter "feito a cabeça" dela)

Nesse repente, cuja leveza seja uma corrente natural, o pequenino viajante, sem ainda ter parado pra refletir e pensar, já foi direto lembrar de como se ligava aquele foguete, que há tempos não utilizava. Em estado pleno de angústia, assim como o Azul do Amor também se encontrava, se preparou, mais uma vez sozinho, para voltar a Lua, só que dessa vez, objetivando outras coisas. Já não queria mais se assentar na pontinha da Lua, como havia feito, e ficar analisando em sua visão homogênea a Terra, a cor da Terra, e o Azul do Amor, desta vez queria conhecer, analisar, estudar e se relacionar com a Lua, e foi o que em poucos instantes o fez.
O Astronauta na Lua e o Azul do Amor, na Terra.
Ele teve a experiência de passar 1 mês e 24 dias com a Lua, e em contratempo, ficar ao faquir da dor por martirizar-se calado.

Às vezes, nesse meio tempo, quando nem o Azul do Amor e nem o Astronauta aguentava, eles iam de encontro, um ao outro, e nessas idas e vindas, provavam-se do que é real, sugavam-se positivamente.
Às vezes, às escuras também, ele ia se sentar na pontinha da Lua, pra ficar de sacada no Azul da Terra; mesmo nos momentos em que passava as noites analisando, pensando, e se apurando, diante de todo falseamento lunático que estavam fazendo, podia ver melhor a Terra, com o tempo, passava a olhar pra Terra aguçadamente.

A convivência na Lua, ainda que abusasse constantemente de sua moradia, foi imensamente fria, tomou nota:
- Isso é um desastronautismo!

Na Lua ele tinha dormido, abusado, morado, e até criado um invento poético chamado de Destamanho, ele dizia para Lua que isso servia para medir tudo aquilo que não desse pra ser medido por uma ferramenta medidora de coisas razoáveis.
O que uma régua não podia medir, era medida pelo Destamanho, tipo: O momento, o beijo, o Sábado, etc.
O que ela não sabia, é que com o Destamanho ele também media o desastronautismo...
E isso doía. Comia dor calado.

Adendo: caso o Destmanho parasse de funcionar, quebrar-se, ia ficar por isso mesmo, chegou certa vez até pensar em criar um outro invento poético pro conserto do objeto, mas não, ele pouco se importou com isso:
- Se quebrar, quebrou.

Bom, nenhum ser vivo é capaz de viver por 777 horas de estrelas n'uma Lua, é necessário de viver a vida da  Terra, do que é real, no Azul da Terra, e com o Azul do Amor.
E então, também sabendo que, tanto o Azul do Amor quanto o Astronauta, por esse tempo, passaram a ver que os signos tiveram um aguçamento aprimorado, (isto não quer dizer que o signo foi desconstruído, destruído, e ou, mudado), é aprimorado mesmo, e assim chegaram-se juntos, um d'outro, o Astronauta, que não é simplesmente apenas um Astronauta, mas sim um bocó, um professor de inglês e violão, quiçá um músico de canções tortas, um escrevedor de inutilezas... um Carmo. E o Azul do Amor, que também não é só simplesmente o azul e nem só o amor, mas sim uma fazedora de poemas dançantes, uma futura de algumas mil coisas, um algo de infinitas coisas, uma amada encarmada, uma cantora, uma bocó Macêdo do que tarde, cujo uma ouve, outra... Verônicas.

Matheus Carmo

sábado, 1 de dezembro de 2012

Literatura à óleo.

Chegando e abrindo o meu escritório de escrever inutilidades pro costume.
Mais uma noite de Sábado que me leva a altas percepções e passar por mais uma mutilada
de versos emprenhados.
Um som forte que toca aos meus ouvidos, um açúcar loiro que massageia meus rins
um tempo de grandes propriedades foi usado no banco branco pra alisar um outro Sábado de fé.
E por tantas gritantes ideias me forçam a embasar as  palavras que correm de vontades gritantes, pocando,
destruindo, rasgando, martirizando, e estourando a bolsa do meu cérebro, "vai nascer vai nascer",
De súplicas e urgência o tempo e a vida se abraça esmagando-me no meio dos teus peitos
pois que paciência e a sabedoria me emaranha e me resenha de lenha de emprenhadas quando não mais que tarda só resta mais o que há de ida do quê qualquer recomeço ou largada
Pensamentos que correm riscos, que correm cansados, que vomitam no Outono de qualquer Primavera
Inconsolavelmente me dão vontades de expelir a desgraça às mãos como quem lava calças imundas de pano jeans ensurradas na pia, depois de terem sidas usadas exaustivamente na labuta do dia-a-dia.
Assim a desgraça estaria limpa para ser morfema literário lexial de base.
Mas só de graça não se faz vida

Só de sol não se nasce um Girassol
Só de merda não se suja um cu
Só de rima não se cria poesia
Só de só não se sente um só
Só de pó não se dilui as substâncias
Só de nada não se tem o tudo.

É necessário de.
É necessário quando.
É preciso que.

A discórdia de qualquer cognação é desculpada pela contínua leitura deste escrito.

- Mais uma loira pra dentro que todo cansado requer anestesia!

  A vontade são das múltiplas, as ideias são das primeiras
as exposições explícitas são das confusões explicativas

- Esse cara sempre tá de boa  -
Tudo legal.

Ai que rima mais desonesta:
Feijão com farinha desprezada
Cerveja com papeis
Curso de letras com Sintaxe
Domingo com Segunda-Feira
Sobriedade com o mundo girando!

E toda máscara dar-se ao medo de deixar às claras todos meus medos, e por isso cansar de toda teoria, enjoar-se de toda fantasia, agraciar-se com todo ato de simplicidade, estar com quem esteja de verdade,
realizar aqui o que realiza-se em uma pseudo realidade
sambar tristemente é só vaidade
perfumes são viadagis
este século grita por cousa real
grita inté pelos ouvidos

Isto rasga sangra rala acaba enxarca estaca farpa ingrata zarpa marta farta encapa aspa caspa pasta
basta, basta, isso basta.

Quanto gerativismo passam na boca dos formigueiros
quanto desentendimento prum paladar que bebeu da água e do vinho
eu não caibo mais nas conformidades censuradas
eu havia querido ouvir o que ninguém nunca disse,
eu queria ser melhor amigo da pressa pra intercambiar a perfeição

E toda banana, ou vira rodela n'um prato simples de arroz em dia qualquer de semana, ou vira a paz de um macaco.
Optar por não optar é só uma opção mal-encubada de livres interpretações
Fiz-me por desoptar as opções.
Fiz-me por ter as noções.
Fiz-me por entortar embobocações.
Fiz-me por ser quem estou.
Estar como quero que sou.
Ter intimidade suficiente pra peidar no soneto quando ver que ele está lindo demais pra pouca poesia.

Eu desvirei um lata vazia pra ela derramar sua alma no solo,
Não deu certo.
Já haviam bebido-a,
por isso essa gente anda tão cheia de gás, artificial.



Matheus Carmo.










   

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Funcionalidade de alguns pós-lidos.

O sujeito lê um texto de natureza literária e, por ver a estranheza, das combinações de palavras, que atropelam o sentido de uma sintaxe, de uma ordem léxica, resolve dizer como sempre: ¹Não entendi nada. ²Você é maluco. E por aí vai outras conotações. 

A Literatura sempre foi uma ferramenta/campo/doutrina/disciplina - 'matéria', importantíssima por dar, e ou, nos oferecer, os sentidos de compreensão em relação ao Homem e o Mundo, entendendo-os em seus espaços, aquebrantar correntes diversas, na qual retratam Compagnon e Barthes sobre essas temáticas,e ir para além d'uma filosofia.
"A literatura é fenômeno e simultaneamente transformação de fenômenos: transformação de fenômenos vividos, experimentados  ou transformação de outros fenômenos literários [...] Também do estudo da literatura se espera que nos ensine a distinguir um caso do outro." (A lição do Texto: Filologia e Literatura, Luciana Picchio)

Por a mesma ter esta grandiosa importância, implico sempre em que, a sociedade (que também fala-se na construção da nacionalidade por intermédio da literatura), deveria aplicar os conhecimentos, desde introdutórios, a respeito da literatura, em salas de aula do ensino médio e fundamental, ao qual Todorov relaciona Literatura e lycée em A Literatura em Perigo, quanto na vida humana, ao modo que a Literatura vem sempre mantendo o prestígio fundamental a todos nós.

O fator de irmos avante diante d'um texto que nos causa estranheza ao entendimento, por uma série de motivos, ao qual nele, está engendrado os aspectos literários, é justamente por não termos capacidade, por não terem sido nos ensinados a lhe dar com Literatura, nem mesmo os conhecimentos que obtemos durante o colegial são o bastante para tal, e muita das dificuldades obtidas diante da literatura, vem da escolinha que nos ensinou e instruiu-nos conquistar um vaga na universidade. É notório que a problemática é extensa, passeia pelos campos familiares, culturais, políticos, religiosos, filosóficos, etc. Campos esses, que, ainda não são contemplados devidamente em nossa sociedade, em século XXI, em tempos de urgência! E, não em urgência de tempos.   
Lá, em sala de aula do ginásio/ensino médio, estuda-se apenas, Movimentos Literários, p'ruma mera questão de Vestibular/ENEM e cobranças alheias. Não estou aqui, desprezando o conhecimento que obtemos em época de colegial, mas alertando que, mais uma vez, estamos em tempos de urgência, há muitos anos! O Desperto deve ganhar total valor semântico, filológico, e morfológico pra este mundo.

"O Super Homem" Nietzscheano precisa "dar as caras".

Nos relacionar com a Literatura, é o ato preciso, dar-nos-emos então nota de todo alcance literário, porque inda'sim a mesma é ponte pra muitos êxitos, é pela natureza dela que muito se é feito.
Lecionar o 'sêmen' - Begin - literário em sala de aula e explorar o possível, fazendo com que o aluno passe a enxergar literatura, não só como uma corrente de movimentos literários, mas sim, com, olhares apurados, ciente de tudo que há em sua volta, em quesitos de, o que a literatura conseguiu construir, o que ela consegue construir, no que facilita em nossas vidas, até ao ponto de Análises Críticas e então, chegarmos na "Vida Real", passando a olhar os objetos em nossa volta, com olhares literários, e, a priori, isso ser fundamentalíssimo, visando então, Literatura como também, um dos meios de entender, perceber, e apalpar a vida.

Discorrer este ensaio em tão poucas linhas, é árduo, todavia, o que mais quero exaltar aqui, é o modo de como as pessoas agem ao deparar-se com um corpo estranho.
Não abandonem os textos literários, não fujam deles, eles sempre tem algo a dizer-lhes, isso é um pequeno favor a ser pedido a vossos leitores.

Nas minhas origens acadêmicas em Introdução aos Estudos Literários, aprendi com o Mestre, Teórico em Literatura, Igor Rossoni, uma embobocação singular, dizia: Em Literatura, é necessário enxergar o cocô do cupim.

Apois, lá está todo o segredo!

Adendo: Não fede.


Matheus Carmo

domingo, 25 de novembro de 2012

Gramática - P.1 e Advérbios Literários.

Eu gosto do estrago, eu gosto de fazer as coisas acontecerem
Eu gosto de ser agraciado pelos amigos, pelo bem, pelas bondades que há.
O estrago é desfazer coisas razoáveis:

Tipo deslimitar o sentidos censuráveis comuns.

Eu amo a primeira conjugação verbal

entulhos que chegam ao infinitivo,

E poesia é isso.

Engrandeço-me mais conjugando substantivos, tipo assim:

[e.g] Eu arvorizarei mesmo que seca mate.

Arvorizarei é do verbo arvorizar.
E esse é meu verbo.
Eu arvorizo a chuva até com apu!

Com um 'Arvo' (Morfema lexical de base) eu engraxo até a sola da palavra
Em ter-se a Vogal Temática 'i', é possível enfiar ela na tatuarana de fofó.
Quanto ao morfema derivacional de modo, tempo, número e pessoa,
a gente raspa raspa raspa pra alcançar qualquer tempo substantival
Nem que eu tenha que fumar morfema.

Poesia insatisfeita por ter que pegar bem longe as expressões mais exatas pra não definir nada.
Tudo é pouco em palavra, menos quando.

Inda'gora que aprendi função literária pra advérbios.

Dia desses enpiquei toda ejaculada no advérbio, vivo a criar essas embobocações. Elas me perseguem.
Um trabalho desgraçado de árduo
Devia me sustentar.

Mas vida de bocó, é pra.

Matheus Carmo



Inconformação de.


Rima é lágrima
Verso são dentes enfileirados na graça do olhar
O olhar pronuncia o momento ao olhar partes
Descobri que poesia também faz-se sem utilizar morfemas, fonemas, e análises.
Tenho feito muita poesia muda, mas muita mesmo. Acúmulo das muitas.
Pena que Poesia muda não muda nada.
Consolação,
Suicídio.
Muda.

Matheus Carmo

sábado, 24 de novembro de 2012

Orla Olá Céu.

Run, run, run, run, run, run, run, run.

Correr atrás ou
Correr pra trás
Não sabe quando...

Hoje era só pra comemorar a felicidade e mais um dia lindo.



Matheus Carmo.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Soneto à Verossímil.



Sei que pronunciaria palavras de às terças
Que as asas de um passarinho me penam à semântica de mim
Que a manhã me traz anseios da noite
Que a noite me traz anseios de permaneça

Espalhar-me-ei no espaço possível
P'ro verossímil ser o cabível
O infalível ter-se em nível
O erro quanto possível

A veneta transfigura-se em caos
Em sangue surpresa o medo e os paus
Aos encontros turquesa esvai-se a moral

De bem ou beleza
De dor ou dureza
De cousa real.

Matheus Carmo




quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Acontece quando.

E sei então ao certo que me tenho aos erros então incertos
De devaneios e são cobertos de rodeios em tom decerto
Perto quanto repleto de mim mesmo ou não esperto
É o reto pra sãs de teto ou teto pra sãs de reto
Martírio pra poucos meros ou meros pra tanto "espero"
Eu espero quem ver'o velho como novo de um ontem aos 'Quero'
De novo ao ferro do forro esfero
Quanto aos trapos de um caos que não impero
Corta descorta opero
Quando sou soou eu enterro
Não mais que tudo,
Não mais que prego.


Matheus Carmo




segunda-feira, 12 de novembro de 2012

De as tantas.

Acontece tantas
Que nos faz pensar e sentir as tantas
Maneiras de acontecer as mancas
Que nos poluem e nos travam as jantas
E que nos marcam e nos ferem de a mantas 
Pois rodam e rodeiam como Jamantas
E cantam sozinho e as cansa
Permanecem no ninho de si lamas
E amas de vinho as Fantas.


Sou do acontecido.
Sou do interessado.
Sou do nada que ocorre
Sou o porre acariciado.
Me interesso pelo interesse dos acontecidos da vida
Sou bocó ao modo que uma tarde qualquer deita em minha barriga
como se fosse um Domingo, bocó.
De as tantas.








Matheus Carmo

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Origem de mim-eu.







Raspando o útero do verso, gemendo as forças, dói e treme, de quatro a Catarse,
fudendo o soneto, xingando a métrica, nasci pelo cu da poesia.


Matheus Carmo

sábado, 20 de outubro de 2012

Caminho, eu caminho.


Porque de há tempos, em sua ausência eu já estava
Ao longe, me vejo em seus rabiscos.
Já tinha sentido a dor de todos os pregos, de todas as farpadas,
Resolvi virar Macalé, mascarar tudo e sofrer calado.
Ninguém sabia, nem as estrelas, nem o pó, nada mesmo, sobre aquela dor.
Fui indo, me encontrar ao longe, respondendo que estou legal a todo mundo,
mesmo na ausência de uma banda, de um ensaio, dos bons amigos, do gole de cerveja, da turma do rock and roll... eu estava indo, sem ninguém saber.
Não é necessário chorar, não é necessário sangrar. Nem se espantar!
Não presta: descarta, amassa, amarga, da descarga, joga fora.
Cada vez mais perto, mais lógico, mais conciso, o ser precisa de estar.
Ah, o bem estar. Encontrei.
A verdade, é aquilo que os corajosos almejam, buscam, são, e por vezes, encontram.
A verdade, está em cada um de nós. Só nós sabemos e a exercemos, e logo, evitamos o aperto do laço pra não virar nó de nós.
Então hoje, cheguei.
estou.
Sou.
e Vou.
Indo.


Matheus Carmo

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Fratura Memorial


Triste, feio, frustador, e chateador. 
Tive, quando eu era 5º série, um excelente professor que lecionava de à brinca, a matemática. Meio a piadas e palhaçadas, todos os seus alunos, inclusive eu, passamos a adora-lo. Lembro me de quando, em uma manhã, fiz algo de errado na sala de aula (isso era comum), alguma brincadeira trapaceira de bom grau, que fez a aula parar. O silêncio tomou conta dos primeiros minutos até que, aquela clássica pergunta: 'Quem foi o responsável por isso?' Surgiu ,em tom rigoroso, na voz do professor. O silêncio tomava conta outra vez dos primeiros segundos, até que, eu, que estava sentado no fundo da sala de aula, com muito medo pois, a aparência dele ao estar com raiva, assustava, e então, abri minha boca e disse: - Foi eu, professor.
De fato, não recordo-me do eu havia feito, mas, após ter dado aquela resposta, assumindo a peripécia que havia feito, pela terceira vez o silêncio tomava conta da sala de aula. Todos olhavam pra mim, e com muita fixação no olhar,o professor me encarava, e eu a ele, lembro-me bem deste ocorrido.
E apontando o dedo pra mim, antes de qualquer palavra ser anunciada, ele falou algo, que dificilmente acreditei, mas foi algo muito simples, e como o esperado, era receber uma bronca, me passei, e então assim o disse:
- Matheus...você é muito sincero, gostei muito de sua honestidade, mas por favor,... não repita mais isso!
Foi estranho, ninguém acreditou que, aquele professor brincalhão, mas muito rigoroso, acabara de tomar uma atitude dessas comigo, logo eu, que era um 'pimentinha do samba'! O conteúdo da aula, que deveria ser dado continuidade, se esvaiu, e no entanto, o tempo restante da aula, foi em prol de um discurso ao qual o nosso mestre falava a respeito da "Sinceridade" e "Honestidade", se não me engano, ainda levei pra casa alguma notificação no Diário Escolar. Mas a aula, de verdade, tinha ganhado o fim, e em seu discurso, volta e meia mencionava o meu nome.
O bom, é que depois deste dia, eu passei a admira-lo mais ainda e nunca mais fiquei de bobeira com a matemática dele, a pesar da idade naquela época ser pouca, e a maturidade acadêmica, neste período onde fazia a minha 5º série, estava apenas ainda se lapidando, ganhamos o respeito um do outro, nos cumprimentávamos seriamente. Foi mágica a minha mudança da 5º para a 6º série, e este professor, onde não irei dizer o nome, foi bastante responsável por isso.O ano escolar havia acabado, eu estava de férias, e nos seguintes anos, com outro professor para a disciplina de Matemática, nos víamos de às raras.
Quando ele me via pelas ruas, sempre falava, com grande entusiasmo: Matheus, você vai ser um grande músico! Gente boa você.

Triste, feio, frustador, e chateador.

Hoje em dia, depois de muitos anos terem se passados, nos vimos algumas pouquíssimas vezes, nenhuma palavra despertou-se na boca dele, dei um desconto.Mas hoje, justamente hoje, talvez seria a 5º vez que o via, neste legítimo ano, passei muitíssimo próximo dele, os olhares, igual do exato dia em que quase levei uma bronca, se repetiu, tudo em questão de segundos à gelo. Foi nostálgico. Ao passar dele, ainda olhei algumas vezes pra trás, e nada. Nenhuma palavra, nenhum gesto vivo, nenhum sinal de lembrança, partindo dele - Triste, feio, frustador, e chateador. - Talvez eu não tenha tido importância na vida dele, talvez eu fui um aluno esquecido, talvez eu fui só mais um, pois quando essas coisas acontecem (pessoas importantes que entram e marcam, de alguma forma, a sua vida), ficam eternizadas em minha memória, e só de saber que o mesmo, não acontece com todo mundo, passo a ver o livro, que deve ser guardado no canto do esquecimento, como: Triste, feio, frustador, e chateador.


Matheus Carmo

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Carta pra Verônica.





Saudade: lembrança dos fatos ocorridos.

Eu tenho saudade da semana passada, do fim de semana passado, de tudo que ocorreu até o fim de semana passado, eu tenho saudade de fazer lhe sentir quem você é, a pesar de acreditar no lado "eu", todos nós
precisamos de um lado "eu" pra sobreviver bem e ganhar a si mesmo, provar que se ama além de tudo e só então assim poder amar o próximo, andado bem sozinho quando, caminhadas eu faço. Mas por saber que estou 90% e isso ser o bastante pra me preocupar com o próximo, e no diante, ele não está bem... isso não me deixa bem.
Temos que saber quem nós somos. Cada um de nós. Cada um de você mesmo.
Precisamos de espaço pacientes pra demonstrar tudo que queremos.
Espaços impacientes, levam-nos ao devaneio total.
O homem sabe o valor que dar a sua mulher, e só Deus pra poder nos ceder o presente de estar em um sábado abraçado com o calor que sente por sua mulher.
Eu tenho tido saudade.
Eu posso estar confiante, e você também, ao saber o que no fundo nós somos, o que nós nos representamos.
Conseguir sobreviver pós tudo, é fácil.
Mas se você sobreviverá bem ou mal, já é outro parâmetro.
Cada dia que se passa, eu sinto todo meu prazer em  viver contigo aumentar, meio a guerra e paz, a tudo que tem de ser. Ser você mesma, é vangloriado.
Triste ser enxergado como algo que você não é por quem lhe ama, mas faz parte de algo engendrado na mente, na qual não sei explicar. No fundo, depois de qualquer onda, depois de qualquer coisa, só a verdade permanece.
E quando vi a dança embelezar a poesia, pela primeira vez, estávamos de verdade conciso disso.
Que isso fique à nós.
No mais, preciso lhe ver bem, mas muito bem, e tenho medo de quando sinto que, por vezes, perde a cabeça.
Tenho alegria por estar em sua vida, e não ser nenhuma "figura repetida", pois pra afirmar isso, mostro que me conheço.
A notoriedade é de que às vezes digo coisas por expulso, mas tu já me conhece e sabe quais delas eu realmente gostaria de dizer e quais não gostaria de dizer.
Lembro de quando do planeta, você quis desistir, confiou em mim e viu resultado, um dos momentos mais tristes e pesados que passei com você.
Pode confiar em mim outra vez, e sempre.
Quem fala mais alto é o coração, verdade vos traz.
Saudade de antes de ontem.
De tanta inteligência agregada, sabe o quanto precisamos evitar pré-maneiras de fala, compreensão, e entendimento de guerras.
Disposto precisamos estar, a cada vez mais nos entender.
Dizer que não consigo viver sem você, é só uma coisinha aí, mais longe estou, que não consigo viver sem a sua herdeira menor, sem sua matriarca Eli, sem a sua vida, sem as suas coisas, sem as suas aulas de dança, sem suas habilidades notáveis até pra um gafanhoto.
Nenhum outro homem lá fora lhe espera, nenhum outro homem lá fora tem mais além do que tenho pra lhe dizer/mostrar, assim como, nenhuma outra mulher lá fora, tem algo a me dizer/mostrar.
Quanto a palavra "satisfeito", que tanto quis me martelar, sei usar ela pra dizer que, satisfeito eu estou com a mulher que conheci. Que desejo colocar aliança em seus dedos e me casar, pronto pra viver nossa vida.
Além do mais, mágoas irão em algum outro dia rolar, mas porque isso seja fundamental e necessário, a experiência que teremos será demais para gastarmos o tempo em prol de discussões.
Maturidade chegará cada vez maior.
"Vem me fazer feliz porque eu te amo"
Preciso ir até você, preciso chegar até seus olhos, puxar sua mão, entrelaçar os dedos, e sair.
Uma vez até lhe apresentei para as estrelas,e elas lhe estrelaram.
Quero que você fique bem.
Às claras deixo, que o homem que tens, é pra total vida, fazer parte, de você.
Deixo claro, que seu passado, não voltará, jamais, comigo aqui.
Eu tenho saudades.

Te cuida, Verônica.



Matheus Carmo


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Conto de dois à dois.

Um amor raso, caro, intenso e barato, um amor de gays de peles às putas, um jovem e um velho, um amor novato.
Começa nas escadas as conversas de taras, embutido as suas experiências, idades, graduações e frustrações, um pesado expressar à blá blá blá, e meia vida de novela lhe é contado sem ao menos esperar nem o sol se por, tudo nasce já pronto pra morrer.
Ideias, opiniões,sugestões... Convite.
As escadas agora respiram o ar puro, dão tchau ao novo casal.
Táxi, hotel, e play ao interesse: sêmen, muito sêmen na cama, pelos anais na fronha, suor no corpo, suspiro, cansaço, e tudo ocorre em demasia. O velho homem gay, não aguentava mais o cansaço e a dor por ter passado horas dando o cu, deita-se na cama, com os olhos fechados e com a boca e os braços em completa abertura. Suspirava, suspirava, suspirava, pedindo muita calma.
O jovem menino gay, ainda se graduando na faculdade, cansava mas resistia as suas limitações, queria mesmo é trabalhar. Comer e dar, comer e dar, comer e dar... ele era das trocas. Saíram de lá, quando a lua já começara a pensar em dormir.
Aquela velha novela acontecia: trocar números dentre outros contatos, como se já não bastasse o excesso de trocas.
Pela manhã, o jovem recebe, é claro, aquela velha mensagem:

"Bom Dia, gatão. Nunca tinha visto tanta ferocidade e energia em um novinho assim, vc me surpreendeu.
Ah, que pauzão é esse menino?! Fiquei ainda por horas antes de dormir pensando nele, delícia! Passo aí hj pra gente tomar um café"

O jovem super encantado, feliz, contudo, sem perder a malícia, sai com o seu novo parceiro, param em uma Delicatessen pra'quele café cult (pãozinhos de mina, capuccino, torradinhas com orégano, e cigarro) e com muitas carícias e novas conversas de velhas perspectivas, resolvem ir ao shopping, e o velho homem gay,
enquanto que passeava pelos corredores e olhava as vitrines, dava um banho de roupas novas no menino. O horário avisa que a aula do jovem sagaz deve começar em instantes, um beijo na boca, um "eu te ligo mais tarde", um buzu às pressas, chega na faculdade e,...

ele precisa desabafar com as'amigas.
Risos, resenhas, e não se saberá do amanhã.


Matheus Carmo

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Resumo: Morte ou Transfiguração do Leitor?


Vê-se que os livros sempre serão livros, em material físico tradicional, códex, ou e-books. A página é passada, e que venham outras por detrás dela, outrora o tempo também vai avante ao modo que as páginas vão sendo passadas. E ano após ano torna-se notório que livro não é mais apenas um conjunto de folhas protegido por uma capa. É justamente sobre o processo em que as leituras, os leitores, e em que os livros sofrem que Chartier retrata Os Desafios da Escrita; caminhando por intermédio de sagrados teóricos, escritores, historiadores, e estudiosos, como Barthes, Ziberman, Certeau, Compagnon, Ferreiro e entre outros, Roger vai destrinchando no seu capítulo em uma análise, a situação em que a “cultura literária” vem passando desde os primórdios do tempo. Situações vistas como drásticas, ao qual em tempos tardos, as bibliotecas já passaram, e toda decadência, na leitura desde quem tinha acesso aos livros aos que tinham maiores dificuldades, são possíveis de serem compreendidas. Ponto de vista da sociedade, da camada governamental, dos escritores, e leitores também se tornam características desta leitura. Aonde o nível cultural da leitura irá chegar, é um quesito em que só o povo tem o poder de guiar. Perplexo, com cada momento em que facilmente é encontrado nas páginas iniciais, onde a decadência da literatura dar-se por explicita, e estupefato, por ver quão êxito foi-se tido, e que apenas a virtude do bom senso, pode ser a primordial nessa circunstância de evolução contínua, visto que é ela a virtude capaz de trazer o equilíbrio ao ser. Os livros não podem deixar de existir, todavia a tecnologia também não pode parar de funcionar.

Palavras – Chave: Leitor, Literatura, Leitura

CHARTIER,Roger.Morte ou transfiguração do leitor?.In:______.Os Desafios da Escrita.São Paulo:UFMG.2002.p.101-123






Matheus Carmo

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Dia - O - Dia.

Faz-se necessário o devir real da escrita.
Não se escreve de à brinca.
Viver o que escreve, e escrever o que vive:  Ex-crê, ver.
Aqui não habita o escritor, nem o autor, nem puramente a linguagem. É um eu aparente,vivo, distante da forma, e em contato com a verossimilhança.
Sou o que digito, mas quem me procurar nas palavras, se perde.
Não descrevo as conspirações do universo, as análises reflexivas, o xixi do cachorro no tapete aqui de casa; meu lado Freud descansa. E isso não interessa mais. Talvez, um individualismo intelectual. Mas quem hoje quer desfrutar do seu conhecimento? A gente aprende só, -virtualismo-, e sempre existe aquela frase na boca de um homem, "Eu conheço uma pessoa que conhece sobre isso e isso, ela tem isso e aquilo, a casa dela é assim e assada, essa pessoa é brother que só"
Dizer que está cansado dessas coisas, é chato. Falar sobre essas coisas, é chato, quem sabe eu devesse apagar este escrito, mas acho que não sei.
O devaneio é autêntico, pega-me d'uma surpresa incrível.
No mais... todo este esboço verbal, porque os dias estão cheios, bem atarefados, e as sensações das relações são pertinentes ao que nos deixa desatento.
Saudades
Raivas
Demonstrações: ouvir, entender.
Família: situações
A execução da obra viva em velocidade real, sem pausa, sem mímeses.
Pra falar sobre essas cheiuras, sobre o dia cheio e suas consequências, além do mais, sobre as coisas que acontecem em sua vida, é preciso de um texto vazio.
Por isso, me sinto também vazio.
Quero carinho.
Uma saudade me invade: A mesa do bar, o(s) amigo(s), o violão e a boemia, até umas horas de não sei que lá.
Acho que é só saudade.
O autor não precisa morrer para que o leitor nasça, mas definhamos a mesma, como também, um caminho sem chegada de um lugar com retorno. Opção.


Matheus Carmo

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Em cama

Às vezes não adianta a gente pedir que o dia amanheça da maneira que gente deseja,
Um olhar de tom cinzento 
Um corvo ao agouro com seu bico forte, batendo insistentemente, quase quebrando a janela; faz jus ao pesadelo. 
Um pouco de tosse e catarro, e não há mais nada pra se fazer.
Poesia.
Café.
É proibido fumar.

- Brinca com isqueiro!

De repente, um sol entristecedor diz que a manhã de hoje é um mal astral, fica mal por estar poetamente mal, e não há nada mais mal do que a ventura de não poder sorrir, nem sair, nem andar...

O sol cruza seus raios, elegantemente e, deita-se comigo para um conversa de abandono... nos entregamos de verdade, um ao outro, estamos servindo para poesia, mesmo que isso doa, estamos.
Tinha como tem que ser, o dia. Não posso mudar.
Verdade, quem puder que mude.
Eu agradeço.
Todos nós.
Pois é.

Desrespeito a métrica, quando em vez, pra quê sei, pois como posso usar.
O abuso é um uso perante ao absurdo, de procurar onde não há.
Fui procurado.
Me acharam no verso acima
Colocaram-me no verso abaixo,
Semiologia é esquina
Eu tô lá quando não me acho.

Desfiz esta construção, me tornei artista plástico das palavras.
Sou formado em medicina, sou genecologista do gerativismo.
E como sempre, quando.
Mas não tenho hobby

Estou de cama,e quando de cama nós estamos, só é possível trepar, chorar, e ler.
Não mais que isso.

"Tudo que não invento é falso"

...








Matheus Carmo

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Teus

Se eu não me chamasse Matheus talvez meus eus não poderiam ser só seus, por isso também me tenho Rosa,
que serve-me como perfume quando a gente de crente se goza, e no entanto eu não me acho, a humilde construção verbal que armo, é fogo...

fogo de todos os Carmos.


Matheus Carmo 

Péssimo

Ainda havia escrito coisas no Guardador de Momentos, antes do telefonema matutino: Disposição, Amor.

Tossindo, péssimo
Gripe, Péssimo
Me arriscando neste texto, péssimo
Cabeça vai, péssima
Parece até que uma febre transparente me surgiu
As mãos, tremem.
Um texto sem invenção.
A mulher da minha vida, virou desvida.
Mexe tudo em um panela, e bebe
Mas pouco, pra não morrer.
Péssimo.


Matheus Carmo

Zzzzz...

Estava tão cansado que quando fui rezar,...


Dormir.

"Maria cheia de graça ... zzz"

Como se não bastasse os olhos fechados...


Matheus Carmo

Conto com 100 letras

                                                    - DOR -


É tão mal estar mal, ao maltrato mal encarado, ao lado quando colado, falhado muito retalho, cortado quanto eu.
Olhado
E só, dor.






Matheus Carmo

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Soneto à Seis






Ah, minha flor bela, hoje estais mais bela
A cada riso me risa também
Meio a seis, incenso e canela
Amo-lhe tanto, e acho que vou partir de trem

Para as estrelas do teu olhar
Para a doçura de toda tua beleza
Teu cheiro crava em meu pensar 
És um momento guardado à fineza

 A garrafa, o Guardador de Momento 
 Nossos acréscimos caso falte-nos lembrança
 Sou dança à todo cumprimento

Ao tento vir-nos encontrar 
Como vento e tormento ao ar
Hoje, eis em dois as constâncias de seis em paz.





Dedicado com enorme carinho para minha maravilhosa mulher, Verônica Macêdo.


Matheus Carmo




sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Quebrando...


- Olá Rô! Sabe sobre Pê? (Pá)
- Não, Pá... (Rô)
- Ele deu flores a tia? (Pá)
- Se Pê deu? (Rô)
- Isso... (Pá)
- Ah, Perdeu, sim! (Rô)
- Frio lascante, aqui ein?! (Rô)
- Juntas somos Rô e Pá (Pá)
- Nua estamos... (Rô)
- Pê deu roupa a tia? (Pá)
- Não! Ela que deu a Pê! (Rô)
- Ela deu AP sem roupa? Vixe... (Pá)


- Para! Eu já gozei! (Pê)


Matheus Carmo

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A Doença das Palavras


                                         A Pantera Cor de Rosa - Manoel De Barros

Este vem a ser um breve ensaio que, se sucede por intermédio de uma antiga análise literária sobre Manoel de Barros, já feita por mim; logo desenvolverei o texto com ênfase em extrair a medida certa desta temática utilizando os corpos literários como: Análise Crítica, Signos, Teoria da Mensagem. Passeando por "Litertura Pra Quê", "A Morte do Autor", e "Aula" (Antoine Compagnon e Roland Barthes).

O Objetivo é justamente de utilizar um pouco dos corpos acima citados, e relacionar o Poeta, Poema, e Leitor através da ANALOGIA que escorrerá por aqui.
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                                                      A DOENÇA DAS PALAVRAS
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                                                 PINK PANTHER PSYCHEDELIC HD

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"Descobri aos 13 anos que o que me dava prazer nas leituras não era a beleza das palavras, mas a doença delas." (Manoel De Barros)


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A Pantera Cor de Rosa cai no perfeito quadro poético de tornar-se um 'ser', e ou, 'criatura' - como queira chamar - de uma curta obra, onde despertou-me a atenção.
Por gostar muito do poetinha bocó, Manoel de Barros, ao assistir o vídeo veio-me a percepção das analogias entre o 'desenho' e a frase declarativa do poeta.

No vídeo, a Pantera descobre um 'universo' engendrado no imaginário da obra, universo esse, escondido detrás d'uma porta, contido por uma infinitude de livros, mais um baixinho hippie - que deve trabalhar na 'biblioteca' -, e a loja de luzes - d'onde vem o cigarro, a lâmpada, o isqueiro, e a luz, que faz jus a explicitação do surgimento das ideias -. Dando o significante de 'Poeta' - Escritor - para a Pantera, de 'Poema' para o livro escolhido pela Pantera, e de 'Leitor' para o 'Hippie' trabalhador da biblioteca, em '1:56' do vídeo fica notório que o Poema é salvo pelo Leitor, enquanto que o Poeta pouco se importa para eventuais estudos (A morte Do Autor - Roland Barthes). O Poema chega salvo, vivo, sem desabrochar-se no solo, em seu estado mais invicto de saúde, todavia é intrinsecamente que o Poema, brevemente, venha a falecer, ao seu estado desajustado mais doentio. O Poema é morto pela bunda do Leitor; o Poeta, apenas faz jus ao "Todo cuidado é pouco", a pesar disso, é justamente o Escritor que tenta fazê-lo viver, juntamente com a presença do Poeta (3:46 min)

Então, partindo pelo método dos Significados, acho interessante esta relação unida, quando há possibilidades, entre o Poeta, Leitor, e o Poema (Receptor, Emissor, e a Mensagem). O proveito da existência do Poeta e a existência de qualquer contato na qual seja possível a comunicação real entre ambos, é um privilégio raro que a literatura nos proporciona, o Manoel  de Barros deve estar com os teus 96 anos de idade, bem vividos (não sei), mas só a graça de imaginar poder tirar uma tarde pra tomar uma cachacinha Mato Grossense e mostrar alguns dos estudos que faço com as obras dele para fins de bate papo, sei lá, ... seria magistral, agradeceria eternamente a essa condição universal.
Contudo, analisando o vídeo, no momento da recuperação do Poema, que acontece em uma tal clínica,... o Poeta passa mal por uns instantes: Ele não aguenta ver o sangue, a doença das palavras, ou o Poema ser tratado daquele jeito?

Talvez o Manoel ficaste triste, já que a doença das palavras tem seu valor.

-------Passagens-------

Uma análise feita de um poema pode chegar ao grau de lágrima prum poeta - tristeza ou felicidade -.

Se agraciar com um poema e deixar por isso mesmo, sem dar uma continuidade ao estudo de carácter científico, é um gozo da poesia.
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Se eu digo:
Quando fui compor, a palavra já estava lá, acamada na partitura, morrendo de febre... me esperando, pra ganhar vida.

Faz-se possível uma extensa análise crítica; discorrer a frase pela temática deste ensaio, também é um trabalho oportuno

E uma frase desta natureza tem inigualável semelhança para com a do Manoel.

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A Doença das Palavras

O que vem a ser palavra doentia?

A doença é o 'absurdo', tudo aquilo que foge do padrão classicista poético de ser.

O poeta então, comete o absurdo, e tem apreço pelo absurdo.

O poeta faz 'absurdez'.

Dizer que não existe palavra doente, ou que a palavra não pode ficar acamada morrendo de febre esperando pelo compositor, é o extremo ar 'não poético' de encarar os campos literários exalando na percepção de quem ler.

Dar entendimento a essas relações poéticas fazem parte de um olhar científico.

A doença das palavras não podem ser curadas nem por Manoel, nem pelo Hippie e nem pela Pantera, mas sim por você, por mim, quiçá outrora.
O absurdo, do qual eu discerni aqui, tem como função despertar nossas percepções dos sentidos comuns para os sentidos incomuns, quando objetos inanimados ganham sentido incomuns, passam a fazer parte da poesia, sendo encarada como vida.

"Moro em frente a duas aves" (Manoel de Barros)

Como podemos encarar esta frase, se não por doentia?

- cri cri cri, Aí as aves voam e ele mora agora em frente do quê? cri cri cri (grilo falante)

É esta, por onde assim dizer, total 'absurdez', que tomemos nota como Doentia. E este absurdo, assim como a Pantera Cor de Rosa, por si só, também vem a se encaixar no quadro poético de virar um 'ser', e ou, 'criatura' desta obra viva.

O fato de 'procurar' dar sentido, ou criar sentido a estas coisas, partem da mesma 'procuração' que qualquer discurso, venha a ter. Eis a procuração das palavras! Desafio básico de todo "Artista", é em uma composição, em uma redação, em um poema, no próprio discurso, em uma historinha de HQ's etc.

Mas o grau de 'Doença' - Absurdo - principalmente, em um texto de natureza literária, é infinito. Ele tende a se expandir por quanto o 'criador' deixar.

Escrever: Eu sou procurado pelas palavras

É uma maneira de ultrapassar, e ou, comprovar as ilimitações poéticas.

No entanto, um ser que não consegue ter a percepção diante de escritos como este... permite-se a deixar  minha construção quanto a importância de poder entrar em contato com o poeta, viva. Sabendo que este nunca foi o único meio de chegar no autor, mas sim um dos... de privilégios, digamos assim.

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Em análise, o Poeta (Pantera), chegou próximo da Porta (The Doors of Perception), assim como o Trabalhador Hippie (Leitor) e até o Poema, eles desfecham-se juntos, e toda hipnotização transmitida pelo olho da porta finda-se por deixa-los no ponto de partida.

Será que é agora que ele está pronto pra entrar ou tudo foi só uma Mímeses?

É válido que o capítulo do desenho se vincula como provável fonte de influência também, pelo livro acima, escrito dentro dos parênteses:  The Doors of Perception de Aldous Huxley

A união dos 'três personagens' (sim, o livro foi tido como um personagem, neste ensaio), dar-se do início ao "fim", com exceção do exato final, pois o poeta... não entra mais na porta, deixa o papel da 'VIAJEM' da 'GRAÇA', e de se encantar com a 'DOENÇA' para o Leitor e para o Poema...


Para VOCÊ e o POEMA!


Matheus Carmo





sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Assassinato

Eu queria matar, mas matar mesmo, MATAR!!!! 

- 'Mas tá'! [...] 

Deixe de cê besta homi, pega a cachaça e engole d'uma vez!

- Não! Mate ela, você! 

(PÁ)

- BOA, sô!


Matheus Carmo 

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Morfologia do Antes


Quase casava com Dorlinha, por pouco ela estaria me usando: Amarrando-me na linha.
Mas não casei com ela pelos seus prefixos...


Matheus Carmo

Eleição de versos


Se volto ao voto, é um branco suicídio em meu colo ao modo linear
Gramas verdes sim, ver disgramas não.
Cuido, não bulo, fico NULO.


Matheus Carmo

sábado, 11 de agosto de 2012

Letras enfileiradas

A dança incorporou a minha poesia ao modo que o 'O' fazia Demi -Pilé de tardes em quando versava,
Senti o cheiro da minha flor antes mesmo do vento trazê-lo outrora,

Que de se Encantar, me dei por cantado.

O 'O' desabrochou-se no ar ao Sessione, no alto, lá no alto, ele era um Mê.
Um lindo Mê. Agraciava minhas ternuras, e ainda podia sentir o frescor que vinha de suas pernas

 'A' é letra de início, desde o alfabeto, mas entrou às tardas na sala 2. Ele tinha mais luz do que os olhos de um linguista de estrelas, fazia Attitude como de três em três (1,2,3: vai... 1,2,3: vai...)

Quanto que 'R' me tem as erratas, me tem os erros, me tem os gorjeios dos querubins, e por isso não fica pra'trás; Arabesque é o que melhor faz, e tudo que é perna que vem detrás.

Me soou nos versos pois que acompanho o ritmo ao modo que a língua dum sapo movimenta a lagoa

As letras se juntam, se embaraçam, se entortam, se ematheuzam, dançam, pulam, soam, cansam, e param... na posição de 'O', 'M', 'A', 'R'.

O professor é sabido:
-Simpáticas, organizem-se e se tenham assim:
'A','M','O','R'!

Me tenho amor Macedo.

Macedo me entardam,
Me celestam
Me emaravilham
Me dançam
Me tocam
Me enamoram
Me não sabe viver-me

Ela quer ser-me.
O poema tem que ser-lhe.
Juntos, des-somam pra mais
E somos.

Queria morar ao lado dum livro solitário na estante,
Serviria pra poesia, mas não pro Ballet.
O Ballet precisa de um casal que se deita no chão fresco e passam a olhar pro céu, por horas de estrelas, e levantam seus pés e suas mãos ao ponto de achar que estão tocando no azul do amor. Quase mergulhei no céu.
 As nuvens são vírgulas nos textos celestiais...
Suas formas não vem do imaginativo, vem dos vendavais.

Os ventos são os maiores poetas do céu... Platão ajuda, com soprinhos divinos. Dentre alguns outros artistas plásticos, de plástico. E coletivamente, fazem a arte.

Assim, as nuvens ganham formas... das mais belas, e se expõe pra nus ver-nos.
Só os homens abandonados apreciam.
Homens que passam o sábado nas ruas, sozinho, solzinho.
A exposição não sai na Agenda Cultural,
Sai no olhar de quem enxerga um poema dizer: Boa Noite.

O Ballet precisa disso, e tem que se escorrer pronomes de aleijas nele.  

Fui ousado, e fiz um Ballet à verso,
Só pra dizer que meus poemas ganham formas, assim como as nuvens, e que eles são ajudados, assim como as nuvens, e que são assoprados, assim como as nuvens...
E que nasce da flor... Não como as nuvens.

É a flor especial, - única - , que me maravilha, que me fascina, que Me-eu-nos juntos.
E por isso: singular.
És única!
Duma fonte só; que não me deixa só.

Sou meio Ballet rosado (por ter 'Rosa' no nome) de musgos aquebrantados como outonos... de quem se chama Vera...

Vera o mundo sucumbir o exalo do meu amor....


Matheus Carmo













sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Poesia Descritiva

Fazer um tempo cortado, quando não me lembro de nada, é fazer uma lata cheia de vida.
Na tempestade eu me protejo me desfazendo do meu eu poético, nada das oito.
Um beija flor nunca beijou uma flor, tem esse nome por vontades...
Podia uma flor beijar um beija, ou um pássaro azulzinho?

Ave.

Ah, vi

Ele tentando.

Me da pena.

Ele me deu, fiquei empenado.
Empinado pra cor azul.

Desenharia um Beija-Flor de bico torto, só pra ser poeta.

Os rabiscos querem ser rascunhos, os rascunhos tem anseios de "papel passado a limpo", mas não pode vir mediante as bobagens, tudo em seus conformes pra depois expor.

Eu sou do rabisco. Da errata.

Errá eh umano, é só uma questão de tecla de "espaço" e preguiça; por  isso "a" assentado.

Os problemas veem dos homens que tem boca e não beijam a flor, enquanto que o Beija-Flor, só faz mimese.

Eu havia querido uns beijos, mas da flor. Dar flor?
Flor, você me da?
O beijo dá flor?
Quantas flores nasceriam ao dar?

Despensei errado.


Matheus Carmo

terça-feira, 31 de julho de 2012

Assobio Marrom






Poema vivo, de um amor total
Devias os lábios meus, transcenderem os cheiros das borboletas
Ide a tua casa, onde guarda a minha amada
Serem fixos, de saudades, rabiscados à caneta.

Por vir da tua tempestuosa sonolência
Quando ao menos os meros afagos
Forem beijos ou carências
Desses tão'poucos dias afastados

Prolongados, são as nossas imagens
A precisão dos teus braços.
Sou do teu corpo em corpo atado
Mais pleno, de veneno, namorado.

A manhã mazelou-me


As dores me visitavam nesse instante.
Quão agraciado estaria se tuas mãos passeassem sob minha pele
Que excede e exerce a febre em me sufocar

O momento ausente é apressante
Me faz errante, uma quentura, delirante
São versos frágeis, cacos... quebrantes.

Me dei por moleza,
Foi-se o dia inteiro.

Sozinho, nada faço.

Nem poesia.

Sem um empurro...
Dificilmente também faço algo, talvez nem chegue na linha debaixo.

Ó minha princesa, ó minha flor, ó minha amada, ó minha pequena...

O homem poderia nascer sem ego, e saber se desculpar.

O risco debaixo é o apago de frente.

Sentirias os infortúnios alimentos se desmantelarem aos pedaços entre meus dentes,
A exaustão,
A força com cara de cansada,
A vida indo a morte,
A vinda indo ao Norte.

Em certos "pau", estou sozinho.
Eis o espírito myself de fazer as coisas a ganhar luz.

Passei tão mal, a tarde astral,
E tudo me soou frio, de frieza total.
Coberta fina
Não aquecia nem os dedos dos pés, nem meu pau.

- Dia Mundial do Orgasmo! -

Devo esvair, na última rima do teu olhar
A espera de um: Bom Dia
De me acobertar
A cor.
Tá.


Matheus Carmo






 



 

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Um rio...

Um rio ...

Palavras molhadas
Mas sujas.

Lágrimas as sujam.

A trema representa a dor. Ela é tremida.

Descobrindo, entendendo, vendo o passado, vivendo o presente, o amanhã pode não haver.

Eu pensava que era um "Tigre de papel", enganado de verdade, estou.
Esse tigre faz um monte de coisa: "Agarra, geme, treme, chora, mata"

"Sua confiança é válida. Pra quem te respeita."

Não se vive na ausência da mesma.

Tô cansado.

Tô errado.

Tô um tô.


Porque de preenchimentos me fui feio pra lhe dar, de verdades fui-me jogando em teu nada
A desistência, uma hora é válida.

Não vale apena manter a coisa, sem confiança na coisa. Pra qualquer coisa.

Parar.
Todos param, todos uma hora param. E ficam velhos.
Eu gosto de caminhar e sentar.


Um sonho pra se mover, é necessário antes, que haja confiança. Que acredite.Nele. Seja acreditado, creditado, alado e lado Ao lado desfazer-se calado.

Gritante.

Quanto mais em tom errante, devo seguir

Seguir o vento e me perder na dobra dele quando se faz

Ontem eu vi o mar
Ele bate papo
Mas bate também.

Na sua barriga tem escrito: vida
Ou algo do tipo: regeneração

Na frente dele a gente se mata
Dentro dele a gente se perde
Quase sal.

Desaprendi a fazer palavras acostumadas.
Desaprendi ser diferente do igual ao modo que o pato inveja o cavalo.


Desinvejei.


Aqui tem um guarda-roupa, nele tem um guardador de momento, no guardador de momento, tem momentos.
Acrescentei nele coisas fora do momento: coisas de acontecido.

Momento é único.
Coisas do acontecido: São imagens faladoras que não se apagam com nada, e ficam a guardar o momento.

Coisas do acontecido me pedem pra guardar o momento: Mímese.

Sou pra sempre do nunca que junto ou separado.

Ou seja: Prefiro o sol do eterno do que o dia em que Deus resolver tirar ele pra sempre da face da terra.

O maior amigo do poeta: Deus
A palavras fazem.
E as criaturas o fazem.

Eu vou lhe exercer mais cedo do que tarde, sempre.






Matheus Carmo  




segunda-feira, 23 de julho de 2012

Sá Sara?


Deixa ser estar
Que estar é ser, será
Eu sei sei lá,
Se sofri ou soei: sentar
Sendo que sentirei, sonhar
Só sorrindo sorrirei, sorrirá
Santo santa suicidei, só sobrar
As sobras sóbrias e subirei, sabiá
Sabia que Sara sarava, Sarava
O sábio sedado se é dado ou não é, sambar
Só resta o sinhô: camará!



Matheus Carmo

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Pegar ônibus faz mal.


Ele estava no ponto de ônibus, com uma carteira de cigarro no bolso, e toda as vezes que a ansiedade tomava conta do seu corpo, o ônibus brincava de demorar. E logo inclinava o olhar para o bolso. - Meus cigarros estão aqui...

Ele aflito, possuído pela ansiedade, só pra chegar ao tal destino.

O ônibus, parecia que captava as sensibilidades, e então, fazia-se por demorar.

E logo inclinava o olhar para o bolso. - Meus cigarros estão aqui...

... Ansiedade.

- É... vou ascender um!

Sempre que o cigarro era ascendido, o ônibus, parecia que sentia o cheiro da fumaça, e de repente, ao longe, começava a surgir, em uma velocidade de abstinência, era incrível!

Toda vez que a situação era a mesma, ele só conseguia dar um trago no cigarro, não mais que isso. Apagava a brasinha no poste de luz, e devolvia o tabaco para a carteira.

O fedor do tabaco apagado se expandia durante todo o percurso. Assim que chegava no seu lugar de destino, e soltava do ônibus, a primeira coisa que fazia ao colocar os pés na calçada...

 era reascendê-lo.

Uma vez que o cigarro foi reascendido, seu prazer tabagístico se dava a falha.

Era sempre: apenas um trago, o ônibus vinha, ele apagava, trafegava, quando chegava: reascendia; e brochava

apenas um trago, o ônibus vinha, ele apagava, trafegava, quando chegava: reascendia; e brochava

apenas um trago, o ônibus vinha, ele apagava, trafegava, quando chegava: reascendia; e brochava

apenas um trago, o ônibus vinha, ele apagava, trafegava, quando chegava: reascendia; e brochava

Aí ele resolveu largar e parar.
Largou e parou de uma vez por todas!


Parou de pegar ônibus,
e fumou pro resto da vida seus elegantes cigarros, alegremente.



Matheus Carmo

terça-feira, 17 de julho de 2012

Mini-escritos



Contos com 100 letras
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O Poeta Felino




Mas meu mel mal mim mia, man. Mãe mia meu mar, a mim, e mau. 
Mau é um gato mal que não faz miau nem mau, 
Ele faz min-au. 
Quase um poeta:


...


-Miau! 

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Amor in Bathroom

‎- Como pude me apaixonar por uma toalha???
- Ela era uma toalha molhada?
- Quase assim...
- Hum...sempre achei que o amor fosse meio molhado. 




Matheus Carmo

domingo, 15 de julho de 2012

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Deito.






E você está de encontro com a vida... e ela se esvai.
E você está de encontro com o mar, que também é vida... e ele se esvai.

E o que é ruinzim, fica: cervejinhas.

Por vezes, dizem, que as coisas ruins, permanecem quanto que as boas... já não sei.

A vontade que me possui, é o deleite de estar deitado, numa nuvem amplamente esbranquecida... adormecer, e, rodar nela, pra lá e cá, pra lá e cá, pra lá e cá, pra lá e cá...


Até,
Cair.


Mas cair como uma pétala de flor, emaranhada à brisa duma friorenta tarde outrora, e, descer, descer, descer, descer, descer, continuar descendo... onduladamente, assim como, o mal zelo, me pede.
E ir, de'contro ao solo, amarronzado e  úmido, meio ao ácaro, onde habitam as pedras, os cacos, as latas, de cerveja, velha e apodrecida e, fenecer, ao modo que o perdão usa muletas em virtude do cansaço por não ser mais perdoado.

Ando-me soado.



Matheus Carmo.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Relojoeiro de letra.

Fazia hora da espera à taco e madeira.
- Eu era relojoeiro -

Me relojava na pulseira de contra-fundo quando regra me regrava de tempo vivo.

- eu gostava de perder tempo-

De perder tempo mesmo.
Gosto das palavras deitadas
Elas se entortam até no chão. 
A sensação não é suficiente em gramática e então viramos bocó, digo poeta.
Eu me preocupo mais com a letra do que com sensação. 
Criei o S cedilha. 
Além de deitado, é torto.

Café é chato pra texto que exalta Maria e João.

Descafé, desmaria, desjoão.

Café com leite condensado matou minha noite Macêdo.

Pisei em pisos vários.

Exerço uma integridade de mim em meu amor ao modo que uma taturana desbrocha na  pela da borba.

Invejo as coisas borbadas.
Quem borba a vida?
O Bel borba, sempre.

O Cachorrão poderia ser melhor interpretado... Mas de vermelho em rio, só tem gafarras de vinho ao chão,
Meninos de plástico ao sábado.

Também fui plastificado.

Hoje sou isso que escrevo. Eu sou escrito pela literatura.
Altura de não sei que lá.

Atrasado...
Fiz das madeiras minhas aoras
Desajuizei.




Fiquei atrasado pro resto do tempo detrás quanto que.



Matheus Carmo


sexta-feira, 6 de julho de 2012

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.Minha poesia tem solo.

Assim:

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.Às vezes são esburacados.

Assim:

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.Minha poesia é explicada.

Assim:

Fiz detrás um laço da memória. Reescrevi a poesia.

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Não me leve a base, mas sou do esparro. Quando não, espalmo.
Incentivo é uma palavra de dentro.In.

Percebi que sou de fora.

-Que foda.

Pode
      esta
            sílaba
                  ser
                     cima?

Se lá barriar, subo de novo.

Tenho notas marrons.
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Nota de identidade:

Ausência, vácuo, vago, nada, tralha, ralha, malha.

Se hoje removo de novo meu olho comovo alvoroço do moço trajado rajado de trapo

Só resta o lamento que o vento com tempo revela o intento que invento comento,
eu só tenho raspos.

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Por isso.



Matheus Carmo