sexta-feira, 28 de junho de 2013

Esferacutando

Voltarei escrever em versos longos
quando o verbo não for mais suficiente de novo,
É diferente,
uma coisa é usar o verbo,
a outra,
é descrever o verbo,
então descrevo que descobri a conjugação verbal da vida,
usei um pouco do sêmen de Dionísio, e nasceu.
Estou muito bem conjugado de uns verbos,
e um pouco mal bocado de outros,
mas tudo bem,
os verbos passam,
de pretérito à futuro,
de futuro à lá na frente,
e se ainda, tudo por quanto sentir ou falar, ainda for incômodo, ou insuficiente,
os verbos lhe surpreendem,
pois se transformam em outras classes gramaticais
e então você os descreve,
abusa do verbo amar, chorar, sentar, morrer, e entre outros, em sua poesia, e outros textos de outras natureza.

O que fiz foi uma descrição.

O que fiz foi uma explicação.

Este texto poderia ter terminado no segundo verso, sendo assim:

"Voltarei escrever em versos longos
quando o verbo não for mais suficiente de novo."

mas acabei sentindo insuficiência, e as palavras traziam-se incômodo.

Meus-verbos-já-são-derivação-deverbal-substantival.

Jamais desistirei do escarfúnio que há na poesia,
poesia sem escarfúnio não é poesia.

Ademais, morfema precisa de esperofônio.

Existe um objetivo em cada escrita, mas nem sempre o concluo, essa mesma, era ainda pra ter terminada no segundo verso...acabei nos versos das palavras, ao modo que elas me ensejam,
e agora as palavras acabarão nos meus versos,
ao modo que eu as recebam.


Matheus Carmo




28 de Junho de 2013

Hoje comemoro algumas coisas, aniversário meu e de minha mulher amada, de bons tempos, de longos tempos, o dia em que o mago Raul S. surge na face da terra, e só por ele existir, fiz boas amizades, dentre elas, uma bem especial, de um jovem rapaz boêmio, que aos seus 18 anos foi-lhe apresentado a MPB, mas sempre foi um fã tocado e retocado pelo Sinhô Raul Seixas, havia recebido de herança, em virtude da morte do seu pai, toda coleção em Vinil do Seixas, sabia tudo sobre ele, sentados em uma mesa de bar, junto a Jhonny Santana (a qual tive um sonho em particular hoje a noite), fizemos a canção Mesa de Bar (Ensaio da Banda), TODAVIA, a saudade rola a solta, só pelo simples fato dele não estar mais aqui na terra, entre nós, e são quase todos os dias, e ou, todos os dias, eu penso/ lembro dele, as traquinagens foram diversas, quando eu voltava pra casa pós-bebemoração, em algum lugar, trazia comigo sempre algum recado do tipo, "Ô Matheus, tire aquela outra do Raul ou Zé Ramalho pra gente tocar amanhã, aquelas meninas vão se amarrar!". Muita saudade, muita comemoração, que meu café transformasse-se em Vinho.

Matheus Carmo

sábado, 22 de junho de 2013

A Magia do Pó

Na lajinha não tem, mas eu encontro em você,
quero uma de 10 e depois uma de 20
pois meu negócio é fazer a carrerinha do amor,
dar-um-raio-em-teu-pescoço,
dar-um-raio-em-teu-sovaco
dar-um-raio-em-teu-corpo,

cheirar até pedir socorro!

Matheus Carmo

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Passe pasta, livre.

Queria estar com minha guitarra baiana,
cuspindo fogo em cima do trio,
jogando meu verbo dentro do estádio,
 fazendo poesia pra limpar o cu de Tatiana,
a qual nem sei quem é.

Matheus Carmo

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Pedra, Quebranto, Só, Detrás, Costa, e Arde.

Se toda maldade não existisse,
Se toda raiva fosse esquecida,
Se todo passado fosse apagado,
Se toda experiência fosse vista como coisa que se deixa pra lá,
Não existiria História,

Mas existiria nossa amizade.

Matheus Carmo

quinta-feira, 6 de junho de 2013

In the bathroom

Ao mijar
às vezes sinto a vontade de mijar as paredes,
os pisos,
no mictório,
dos shoppings,
piedade,
o amor.


Matheus Carmo