terça-feira, 19 de novembro de 2013

Um click pro modernismo.

Aquela foto forjada,
moça forjada,
aquela promessa de depois te ligo, de vamos marcar,
e nunca retornar,
pessoas mal educadas,
de monte,
uma ponte à se jogar,
vai e morre,
esquece, porque eu já esqueci muito mesmo antes de tentar acreditar,
no mais,

a desquestão

dos que ficam a conspirar,

poesia é mandar tomar no rabo das ventas
os ventos que não nos sustentam.


Matheus Carmo

terça-feira, 12 de novembro de 2013

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Thomas, Macêdo e outros verbos.

Às vezes eu tenho que olhar aquelas roupas que estão secando no varal
às vezes eu tenho que me levantar e olhar ele,
vê se ele realmente existe,
vê se é ele que chora mesmo,
se naquele dia eu não tivesse melado a minha mão de argila,
se não tivesse energia naquele apartamento,
ou se tivesse faltado energia no mundo todo,
e se eu não tivesse entrado no facebook,
ele não existiria,
eu não teria existido,
eu não teria me completado tanto quanto me completei,
é muita onda,
a cabeça chega pesar imensamente,
e diversas lágrimas caem dos meus olhos,
é foda,
o amor é barril demais,
vem com tudo, contudo,
dilacerando meu coração,
na mesma intensidade,
igual a tristeza de se entortar,
de quando descobri como é descobrir acertar.
Vai velho,
e desce de vez,
é isso,
e faz,
o AS,
que nenhuma carta tem,
porque o que elas tem
é o mesmo que nós temos,
um pouco de negro, vermelho, e branco,
um pouco de paz,
de novo,
à quem,
este AS,
de Às vezes,
como comecei este poema.


Matheus Carmo

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Na pele e na vida.




Ela grafou a existência de ser coisa na pele,
a pele regrafou-a.
Tatuagens são registros de eternite, de eterno, de eternizamento.
Ela foi eternizada pelo universo.
O universo nos pôs palavras, momentos, e coisa que não se servem,
mas que si e se joga no braço,
no corpo,
nos encorpora,
nos torna bocó,
objeto de lata,
elemento de poesia,
e viramos reticência,
procuramos a maneira inata,
vasculhamos o que há por dentro do puro
e tentamos ser,
esfolando o verso no cascunho que nos engrongonha,


Beni le fruit de mes entrailles
                  M

por 777 H.E.

Matheus Carmo.
 

3 Homens e 3 Respostas.

- E ai, comeu, man?
- Comi! Você também comeu ela, vei?
- Sim, em alta, tava quente e gostosa.
- E você, comeu?
- Acordei com dor de estômago.



Em dias de dores estomacais,
Matheus Carmo.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Tempos

Ah, os tempos mudaram,
os tempos são outros,
outros são outros tempos!


Matheus Carmo

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Verso em voz baixa.

VONTADE DE ME ATRASAR, DE LARGAR,  DE AR.


Matheus Carmo 

Prefixais.

Ela sentou a bunda na tarde de Sexta-Feira
e ficou ralando ralando até criar assaduras...
o exagero não foi fundamental,
às vezes,
em noites solitárias
para tirar o cansaço do corpo,
um litrinho me basta,
já um litrão,
me deixa pra lá de marraquete,
ai me dá vontade de estar com alguns bons amigos,
pra ficarmos pra lá de marraquete juntos,

martírio,
 por nem sempre estar me sendo,

fundo,

que nos fragmenta em mundo,

tempo,

em que tento me conjugar,

suntuoso sento,

pra reassentar meu tempo,

que estás,

em tempo:

entre linhas tênues pra lá de Bagdá.


Matheus Carmo

Poentes faps faps.

Saudades,
aquele quarto quente pelando,
com um forte cheiro pregnante de xoxota nos lençóis,
de sexo nas paredes,
de líquidos vaginais em minha barba,
de meter em você toda menstruada,
de melar meu churros de estrume,
de emagrecer em cada rodada,
perder calorias,
ir tentar dormir com as pernas tremendo,
e o co
                      ra          
                                           ção

bam-be-an-do.


Matheus Carmo